Manequins Futuristas – Exposição de Issey Miyake.
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Em tempo de pandemia e de quarentena tenho estado muito mais atenta às mulheres, até porque são elas as maiores vítimas da pandemia, mas também porque vários são os casos que mostram como homens e mulheres reagem a esta situação, ressaltando de forma positiva as mulheres.

Procurando evitar um discurso feminista e no qual não me revejo, escrevo este artigo para despertar as mulheres para um fato: o futuro é feminino e assim é porque a estatística o demonstra.

Quando a longevidade é uma vantagem para as mulheres


Madonna. Aos 62 anos a popstar  é um dos maiores ícones femininos de todos os tempos.
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A longevidade é a medida da duração da nossa vida. Estatisticamente existem 2 momentos em que se calcula a esperança média de vida de uma pessoa – quando nasce o aos 65 anos de idade.

Quando se pensa a longevidade, é interessante observar o que nos diz a estatística aos 65 anos: no Brasil (dados IBGE 2018) as mulheres deverão viver mais 20.3 anos e os homens 17.1 e os dados para Portugal são ligeiramente superiores, com as mulheres a viverem mais 20.9 anos e os homens 17.6 (dados Pordata 2017).

 

Isto quer dizer que, segundo estes dados, tanto no Brasil como em Portugal, as mulheres tendem a viver, em média e após completarem 65 anos de vida, mais 3 anos que os homens.


Michelle Obama,  um símbolo de vigor , tem 56 anos. De 2009 a 2017 foi de 44ª primeira-dama dos Estados Unidos.
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Depois, outro dado muito interessante, é que nós mulheres encaramos a velhice de uma forma diferente dos homens e tendemos a ser mais dinâmicas que eles, mais voltadas para a contribuição social, o que muitas vezes se traduz na criação de novas empresas e negócios.


Sandra Buloock. A atriz e produtora norte-americana se surpreendeu ao ser escolhida em 2015 pela revista People a mulher mais bela do mundo aos 50 anos.
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O conjunto de alterações na mentalidade das mulheres, pelo menos nas ocidentais, nas últimas décadas levou a que a mulher, tendencialmente a partir do s 50 anos, repense a sua vida e a forma como se sente. Isto leva à busca da sua autenticidade e a repensar estilos de vida e a sua felicidade.


Claudia Raia. Atriz,bailarina e produtora teatral, com uma carreira extensa e muito reconhecida, está em plena atividade aos 54 anos.

O caminho do autoquestionamento numa geração de mulheres cujas mães que conquistaram o mundo do trabalho, resulta em pessoas muito fortes (falo em termos muito gerais, obviamente) e lutadoras e que buscam o seu lugar na sociedade.

Isto traduz-se numa forma nova de estar na vida e com impacto na relação com o seu corpo em mudança, no consumo, na relação com as marcas, no estilo de estar e vestir. Deixo como inspiração o blog Mulheres 50+ (http://mulheres50mais.com.br/) e ao contrário do que diz a Cláudia Raia ( de quem sou fã), a atual mulher de 50 não é a antiga mulher de 30. Porque se o corpo está mais jovem, a atual mulher de 50 é madura, o que a antiga de 30 não era. A atual mulher de 50 é a nova mulher de 50, sem comparação.

Ana João Sepulveda
CEO da 40+ Lab
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal, Embaixadora da rede Aging 2.0, Membro do Covenant on Demgraphic Change, da Rede Portuguesa de Ambientes Seguros, Saudáveis e Amigáveis e vogal da direção da Associação Cidadania Social.

Livros publicados:

2000 – Marketing Político na Internet, Editora Centro Atlântico.
2011 – Marketing para os 45+. Um mercado em expansão. Co-autor: Luis Rasquilha. Editora Actual.

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