Muitos acreditam em amor à primeira vista, aquele sentimento de paixão que nos toma por inteiro repentinamente. Aquela sensação de já se conhecerem há muito tempo e estar totalmente aberto e disponível para o outro.

Esse amor realmente existe!

O amor à primeira vista é quando duas pessoas se encontram, entreolham-se e são magicamente atraídas e mutuamente se apaixonam.

Quando estamos apaixonados à primeira vista eu vejo o outro muito pouco e me movimento muito, cada qual quer fazer pelo outro, quer que o outro perceba esse amor. O que se vê no outro é uma imagem idealizada e não sua inteireza.

Eu vejo no outro minhas próprias projeções, sonhos, tudo aquilo que eu considero ideal para um relacionamento. Eu confio que o outro irá preencher todas as minhas lacunas e agora será bingo: encontrei a pessoa da minha vida!

Acontece que quando jogo minhas expectativas no outro, eu não o vejo. O que sei do outro? O que sei de sua origem, de sua história? O que ele sabe sobre mim?

Nesse primeiro amor o outro apenas sabe o que eu escolho mostrar e eu também sei apenas o que ele quer me mostrar. Nesse amor renunciamos a nós mesmos com a sensação de que seremos amparados pelo outro.

Mas será que isso sustenta uma relação duradoura?

Quando o casal continua a se olhar e juntos caminham para o amor a segunda vista a relação não só se susterá como permanecerá e seguira o fluxo da vida.

O amor transcenderá.

O verdadeiro amor que permanece vivo e que quer a vida é diferente. Esse amor vê o outro como ele é. Esse amor vê que o outro é inconfundível e que não se pode e nem deve mudá-lo

Quando o casal mesmo se conhecendo aos poucos permanece junto começa a surgir o amor a segunda vista.

No amor a segunda vista eu vejo o outro em sua integralidade, eu amplio o olhar para perceber que por trás dele há uma origem, todo um sistema familiar, seus relacionamentos amorosos anteriores, suas lutas e suas vitórias, assim como ele pode me ver na integralidade.

O amor a segunda vista traz consigo a necessidade de uma decisão, vejo o que move ele até mim e digo sim a ele(a) e tudo o que o move até mim e de repente eles não olham mais apenas cada um para si e seu desejo, mas olham um para o outro e para o que está além e somente quando se chega nesse amor a segunda vista que os dizeres: Eu te amo, irá ressoar verdadeiramente no outro.

Nos ensinamentos de Bert Hellinger a frase para ser dita na vivência do amor a segunda vista é: Eu amo você e aquilo que guia a mim e a você!

As vezes complicamos o fácil e escondemos de nós mesmos e do outro nossas imperfeições, nossa família, nossas relações anteriores que não deram certo com receio de não sermos aceitos.

A chave do amor é permitir nos mostrar e assim abrir o fluxo do amor a primeira vista para a segunda para permitirmo-nos esse amor que transcende o certo e o errado porque pode acolher o outro na sua verdade exatamente como é.

E você? De qual lugar tem se relacionado com o amor?

Somente chegamos ao amor a segunda vista quando permitimos que o outro nos veja.

Você se permite ser visto e tem coragem de escolher ver o outro?

Hoje convido você a se olhar com muito amor!

Faça uma lista com as qualidades que você vê em você, pode ser qualquer uma.

A cada dia busque mais qualidades em você e perceba se você puxou essas qualidades da sua família materna ou paterna. Escreva ao lado de cada qualidade sua de onde ela vem no seu sistema familiar. Amplie o amor por você para seus pais, irmãos, avós, tios.

Quanto mais amor fluir por você mais amor você terá para compartilhar com o outro.

Nós podemos dar apenas o que temos. Quanto mais nos amarmos e amarmos nossa família mais poderemos amar o outro e tudo que guia e conduz a você e a ele.

Escolhe amar, escolhe amor!

Com amor e beijos de luz Rosemary Marostica

Colunista:

Rosemary Marostica – advogada e terapeuta holística.
marostica.adv@gmail.com
rosemarymarostica@gmail.com

 Rosemary Marostica é filha de Alcides Marostica e Rozi Luiza Stoppa, brasileira, MÃE do Lorenzo. Se formou em direito em 2001, tendo concluído Pós Graduação em Direito Processual Civil e Pós Graduação em Direito Público. Conciliadora e Mediadora pelo Conselho Nacional de Justiça. Atualmente é professora de Constelação Familiar na Sociedade Brasileira de Direito Sistêmico, atua com direito humanizado que olha para o cliente de forma integral. Acredita em um direito leve,justo e eficaz.

Em 2009 iniciou estudos de autoconhecimento, espiritualidade e Práticas Integrativas. Realiza atendimentos sistêmicos e terapêuticos de constelação familiar e Iopt, Reike, Barras de Access, Movimentos Essenciais presenciais e online em todo Brasil e no Exterior.

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