Outro dia fui a uma livraria. Era somente para ver as novidades, não queria trazer nada e vim com 5 livros comprados e um oferecido. Nada mau para quem ia somente ver as novidades. Cheguei à conclusão que os livros são os meus sapatos, nada mau. (espero que percebam a piada).
Uma das minhas aquisições foi o livro do Tony Robbins sobre a longevidade. Chama-se Força Vital. Interessante para quem quer imergir numa das facetas da longevidade e que me tem feito refletir sobre algumas questões éticas, mas não é disso que quero falar, pelo menos não hoje.
Tony Robbins foi meu companheiro durante um bom tempo logo depois de me ter separado. Depois migrei para outros do seu estilo e uma das coisas que fui percebendo, à medida que ia também procurando compreender de que forma funciona o nosso cérebro, é que é importante visualizar o que se quer. E segundo estes coaches, com o máximo de detalhe e de forma que envolva todos os sentidos, idealmente.
Durante esse tempo fiz os meus boards para que, olhando para eles diariamente, conseguisse programar o meu cérebro e assim ele começasse à procura daquilo que eu tinha imaginado e visualizado. Como dizem os experts, é trabalhar para que o Universo materialize aquilo que queremos, é colocar o Universo a trabalhar para nós.
Bom. Sem dúvida é fundamental saber-se o que se quer e, sabendo de que forma funciona o cérebro, coloca-lo a trabalhar a nosso favor e não em modo autónomo e com elevado potencial de boicote à nossa felicidade.
Entretanto, eis o que tenho vindo a aprender de tudo isto.
Sem dúvida que é um caminho e que, como disse acima, com vidas mais longas é mesmo bom que as pessoas tracem um caminho, que tenham objetivos e que vejam esse futuro. Mas …
O meu “mas” tem a ver com o detalhe e o espaço que damos ao “universo” a que eu chamo Deus, para agir. Mas, mais do que isso, é que muitas vezes fazemos esse trabalho de mentalização, ou visualização, por nós mesmos, sem grande orientação. Leva a que sejamos apanhados na curva das nossas limitações e das formas, às vezes um pouco dolorosas, como vemos a vida.
Recentemente foi contactada no Linkedin por uma americana chamada Lisa Shield. A Lisa especializou-se na promoção de mudanças emocionais que estão a bloquear a vida amorosa de mulheres e em particular de mulheres executivas e com sucesso.
Ela tem um site e um vídeo onde fala da sua história e da sua metodologia. Eis o que me chamou mais atenção: ela refere o problema de visualizar o futuro marido/companheiro/namorado, com o máximo de detalhe. Isto porque na sua opinião focamos muito naquilo que pode não ser o mais importante para nós, reduzindo a probabilidade de encontrar essa pessoa que, como diz Lisa, é a nossa alma gémea.
Do que tenho vivido nos últimos tempos chego à conclusão que, para mim, faz-me sentido esta parte da visualização, mas se calhar com um pouco menos de detalhe e/ou um pouco menos de rédea solta. Esta lógica do autodidata pode não ser mesmo uma boa opção.
Para mim foi um caminho, levou-me a conhecer pessoas e métodos e a conhecer-me bem melhor. Aprendi que dar espaço para que Deus nos leve para onde Ele quer e que intervenha, também não é mau, antes pelo contrário. Do que tenho visto na minha vida, a visão dEle para mim tem sido sempre bem melhor, maior e traz-me mais felicidade do que a visão que eu tinha para mim mesma.
É uma reflexão que não queria deixar de partilhar, porque tem ocupado algum espaço no meu cérebro físico e emocional. Estamos sempre em processo de auto-optimizaçao, pelo menos eu estou. E como entro numa nova etapa, estou a dedicar algum tempo à optimização da minha longevidade física e emocional.
Espero que vos inspire e que esta partilha vos leve a investir sempre mais na vossa felicidade.
Colunista:
Ana João Sepulveda
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal e Embaixadora da rede Aging 2.0
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