Se há coisa que este mundo imprevisível que vivemos quase normalizou, são as crises pelas quais passamos, nós que estamos aqui e que na nossa vida adulta somos responsáveis pela vida de outros, e que nos confrontamos com sérios problemas financeiros. Seja do lado mais tropical do atlântico, seja deste, é uma realidade infelizmente muito comum, nos dias de hoje.

A razão pela qual trago este tema tem a ver com a liberdade que nos dá termos um coração franco, que está mais aberto àquilo que dá e recebe dos outros e menos preocupado com o que os outros vão pensar ou dizer, até porque muitas vezes criamos grandes filmes na nossa cabeça que na realidade não correspondem à verdade daquilo que é o juízo de valor que os outros fazem de nós.

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Se há coisa que este mundo imprevisível que vivemos quase normalizou, são as crises pelas quais passamos, nós que estamos aqui e que na nossa vida adulta somos responsáveis pela vida de outros, e que nos confrontamos com sérios problemas financeiros. Seja do lado mais tropical do atlântico, seja deste, é uma realidade infelizmente muito comum, nos dias de hoje.

A razão pela qual trago este tema tem a ver com a liberdade que nos dá termos um coração franco, que está mais aberto àquilo que dá e recebe dos outros e menos preocupado com o que os outros vão pensar ou dizer, até porque muitas vezes criamos grandes filmes na nossa cabeça que na realidade não correspondem à verdade daquilo que é o juízo de valor que os outros fazem de nós.

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Esta liberdade de coração vem com a maturidade, é algo próprio dos adultos, que pelo fato de já terem vivido mais tempo estão menos preocupados em se integrarem na sociedade e nos grupos de amigos que os mais jovens, tipicamente falando.

Uma vida longa quer-se saudável e feliz. Quer-se com a capacidade de adaptar à realidade e não com o esforço e o tremendo stress que é ir contra, estar preocupado com os outros e no julgamento.

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Peço que não me entendam como moralista ou algo do género, que nem tenho telhados para isso, quanto mais posição. O propósito é mesmo partilhar a importância das amizades francas, ainda mais no mundo de hoje, que é tão imprevisível, que deverá ser o amor e as amizades que nos devem suster.

Algumas vezes já partilhei convosco momentos mais duros da minha vida e volto a fazê-lo uma vez mais e com a mesma intenção: partilhar para que outros não cometam os mesmos erros que eu cometi, para que cresça a nossa consciência da importância de uma boa saúde emocional, na construção de uma vida longa que se quer positiva.

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Eu passei recentemente por uma fase de deserto muito dura e no início era algo que eu procurava esconder de quem me estava mais próximo até que, felizmente, fui mesmo obrigada a partilhar e a pedir ajuda. Diz-se que os verdadeiros amigos são os que estão conosco em todos os momentos e foi o que aconteceu.

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No entanto, o meu maior aprendizado nem foi esse. Foi o da humildade de pedir ajuda. Nós mulheres temos muitas vezes um mau hábito, que é o de sermos, aparentemente, autossuficientes e não querermos dar parte fraca. Como se diz por cá: é tramado! Ao que acrescento: e estúpido!!

Tinha eu uns 15 anos, reencontrei um rapaz por quem tinha tido uma paixão platónica aos 9 anos, mais ou menos. Estava tão preocupada em me mostrar como uma “mulher fantástica” que um dia ele se ofereceu para me ajudar com umas coisas que eu tinha de mudar de um sítio para o outro.

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Claro que disse que não, que eu era capaz de fazer aquilo sozinha, afinal ele iria gostar de uma mulher/jovem que precisava de ajuda dos outros, que era dependente? Ficou muito chateado e eu baralhada, porque não percebi a razão daquela reação.

Bom, passaram-se uns anos e voltei a fazer o mesmo, mas desta fez percebi o que estava a fazer e ainda fui a tempo de emendar a mão (mais uma expressão típica), de corrigir o caminho. Sorri e aceitei a ajuda e acabou bem!

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Nascemos para vivermos em conjunto, em sociedade, não para sermos super pessoas mais preocupadas com os outros e a criar grandes longas-metragens na nossa cabeça. Que só existem aí, nas nossas cabeças.

Se há coisa boa da maturidade é a capacidade que temos de olhar para a realidade com uma maior capacidade de compreensão. Isto é fruto de viver, de se ter aprendido com uma imensidão de experiências. É tão bom!!

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Hoje quero brindar às amizades francas, maduras e verdadeiras. Essas que nos preenchem e nos fazem ir mais longe e com mais confiança. Daquelas que têm momentos de cumplicidade e criam boas memórias. Porque são essas que contribuem para uma boa vida longa.

Colunista:

Ana João Sepulveda
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal e Embaixadora da rede Aging 2.0

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