Fonte da imagem: https://thatsnotmyage.com

O mundo vê, década a década, a confirmação da tendência da longevidade, onde aumenta a esperança média de vida, seja à data da nascença seja aos 65 anos. Isto que dizer que vivemos mais e melhor e, consequentemente, que somos biologicamente mais jovens.

No Brasil, como aqui em Portugal, como em todos os países do Globo, as pessoas estão a viver mais tempo o que acaba por ter como consequência o aumento percentual de pessoas mais velhas, no total da sociedade. Se Portugal está no topo dos países mais envelhecidos do mundo, o Brasil não fica atrás, sendo neste momento um dos países com um índice de longevidade mais altos, o que quer dizer que é um dos países do mundo que envelhece mais rapidamente.

Deshun Wang
Foto: imaginechina
linda Rodin
Foto: https://br.pinterest.com

Se para uns isto é um grande problema, um dos fatores críticos da sustentabilidade das sociedades, a verdade é que não é bem assim. A longevidade traz grandes oportunidades, tanto maiores quanto mais as pessoas, as marcas e as organizações percebam que estamos diante um novo tipo de seniores. Os chamados baby boomers e a geração X são hoje o maior grupo de consumo e aquele que mais irá crescer nas próximas décadas.

Philippe Dumas

Fonte da imagem: https://br.pinterest.com

Uma das consequências mais interessantes e estimulantes da longevidade é que não nos sentimos com a idade cronológica que temos. Tipicamente após os 40 anos, as pessoas não se sentem com a idade que tem exatamente porque o seu corpo está mais jovem. Fruto disso é que passamos a lidar com pelo menos 2 conceitos de idade: a cronológica e a psicológica, aquela com que nos sentimos.

Yazemeenah Rossi

Fonte da imagem: https://yazemeenah.com/model

Quer uma prova disso? Se tem 40 anos de idade, ou ainda melhor, se tiver 60 anos, pergunto-lhe se se sente com 40 ou 60 anos de idade, ou se se considera mais nova, ou mais novo. Se tem tido um envelhecer normal, ou seja, saudável, quase com 99,9% de certeza digo que se sente mais nova, ou novo. Eis aqui um dos efeitos da longevidade.

Ana João Sepulveda
Longevity Economy Expert e CEO da 40+ Lab

Isto quer dizer que, cada vez mais vamos deixar de reger a nossa vida segundo o que achamos que devemos ser, ter ou fazer, de acordo com a nossa idade e, sim, vamos agir e ter um estilo de vida que esteja de acordo com a idade que nos sentimos ter. Somos a idade que está na nossa cabeça e não aquela que vem no RG.
Daí que, um dos primeiros grandes paradigmas que devemos abandonar é o de classificar as pessoas segundo a idade e sim segundo as suas motivações, estilos de vida ou mesmo estágios de vida. Os próximos anos serão muito estimulantes porque iremos assistir a uma profunda alteração dos paradigmas vigentes na gestão, no marketing e mesmo no mundo da moda, cosmética e outras.
Assim, bem-vindo ao mundo “ageless”, onde o que conta é autoestima e atitude.

Colunista:
Ana João Sepulveda
CEO da 40+ Lab
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal, Embaixadora da rede Aging 2.0, Membro do Covenant on Demgraphic Change, da Rede Portuguesa de Ambientes Seguros, Saudáveis e Amigáveis e vogal da direção da Associação Cidadania Social.

Livros publicados:

2000 – Marketing Político na Internet, Editora Centro Atlântico.
2011 – Marketing para os 45+. Um mercado em expansão. Co-autor: Luis Rasquilha. Editora Actual.

Contatos:
Email: ana.sepulveda@40maislab.pt
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/anajoaosepulveda/
Facebook: https://www.facebook.com/ana.j.sepulveda.9
Facebook 40+ Lab: https://www.facebook.com/40maisLab/