A vida marinha em risco

Em meados da década passada uma larga discussão começou a ser difundida sobre o despejo de plástico e descarte de redes de pesca nos oceanos, colocando em risco a vida dos animais marinhos. Devido às correntes marítimas, ilhas desse lixo tóxico que leva mais de 100 anos para se decompor, se formam em várias partes do planeta.

Plásticos dos Oceanos como matéria prima

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A partir da conscientização sobre o perigo da poluição nos mares, empresas e movimentos mundiais travaram uma luta árdua para apresentar soluções que amenizassem esse impacto. Usar o plástico retirado dos oceanos como matéria prima na indústria e na moda foi uma das alternativas.

Dois amigos e um sonho possível

Fonte imagem: 4Ocean divulgação.

O plástico nos oceanos infelizmente é tanto que já está fazendo parte do Ecossistema. Plânctons, crustáceos e peixes acabam se alimentando das partículas pequenas, o micro plástico, e ficam intoxicados. Isso chega até o homem quando ingerimos pescados. Pensando nisso dois amigos dos Estados Unidos, os surfistas Alex e Andrew,  criaram um Movimento Global chamado 4Ocean, que retirou desde 2017 nada menos que 10.457.624 libras de lixo do oceano e do litoral.

Fonte imagens: 4Ocean divulgação.

A matéria prima recolhida pelo movimento 4Ocean é usada na fabricação de pulseiras, comercializadas a 20 dólares. Cada pulseira vendida financia aproximadamente a retirada de 1k de lixo plástico dos oceanos e ajuda a manter a organização. Qualquer um pode ajudar adquirindo a pulseira ou se juntando ao movimento. As informações estão no site www.4ocean.com

Moda por uma boa causa

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A Adidas a partir de 2015 começou a cogitar fabricar seus calçados usando plástico retirado dos mares e uniu forças ao Grupo Ambientalista Parley for The Oceans. Cinco anos depois, o projeto está consolidado e provou que os consumidores aprovaram a ideia com mais de 6 milhões de pares vendidos. A meta da empresa é que todos os seus calçados sejam fabricados com essa matéria prima.

Fonte: www.notsul.com.br

Relógio Breitling Superocean Heritage-II Fonte imagem: Divulgação

Novo luxo. A adesão de grandes marcas é uma mostra de como é cada vez mais importante a preocupação com o meio ambiente. O modelo especial da marca de relógios suíça Breitling tem a pulseira fabricada com plástico retirado do oceano.

Fonte imagem: Volcom divulgação.

No vestuário o Econyl , um fio de nylon criado pela empresa italiana Aquafil , a partir de resíduos plásticos e redes retiradas dos oceanos, possibilitou a fabricação de peças eco friendly.

Há quatro anos, em 2016, a marca americana Volcom, que fabrica equipamentos e roupas de surf, criou uma linha de banho confeccionada com plásticos retirados dos oceanos usando uma concentração de 22% de Econyl combinado com outras matérias primas. Atualmente existem muito mais empresas engajadas em buscar matérias primas alternativas e sustentáveis.

Produtos de limpeza com impacto ambiental reduzido

Fonte imagem: Positiv.A divulgação.

A empresa Positiv.A usa plásticos dos oceanos na fabricação das suas embalagens. Fundada por Alex Seibel, fornece produtos de limpeza com impacto ambiental reduzido, 100% naturais, biodegradáveis, veganos, hipoalergênicos e ultra eficientes. Ao adquiri-los, além de adotar uma prática mais saudável e sustentável os clientes contribuem com a Agricultura Familiar.

Fonte:  www.positiva.eco.br

Plástico: o protagonista vilão

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A luta diária de organizações em defesa dos oceanos retira toneladas de resíduos tóxicos em alto mar e na costa por todo o mundo. Mas, aí temos mais uma reflexão a fazer: e as roupas fabricadas com fios sintéticos, calçados e as embalagens recicladas a partir dessa matéria prima, onde serão descartados? Certamente se continuarmos descartando esses produtos de forma errada, estaremos todos enxugando gelo. Consumo tem que ser consciente, o lixo tem que ser separado e evite ao máximo as garrafas pet. A Terra é a nossa casa, vamos fazer nossa parte e cuidar bem dela!