Bom 2022!!!! Que bom continuar por aqui mais um ano. Tem sido um enorme prazer fazer esta coluna. Assim como foi extremamente gratificante o feedback que tenho tido em relação ao meu último artigo, sobre o “jeans” emocional.

Na verdade, e como escrevi, não foi nada pensado. Foi um daqueles momentos “ahah” que temos e que fazemos umas descobertas interessantes. Gostei! Gostei do que li e ouvi e gostei do pedido de escrever mais sobre o tema. Por isso aqui está, a parte II.

Margarita Argüelles @margapau

Quanto mais penso nisto do “jeans” emocional mais feliz fico com este insight. Tenho dificuldade em expressar por palavras o que sinto, é como se me estivesse a apaixonar por mim mesma, por esta minha versão mais relaxada e ao mesmo tempo mais consciente e madura.

Uma das crenças limitadoras que tinha, que me veio lá de trás, final da infância e início da adolescência, tinha exatamente a ver com isto da mulher madura, porque acreditava que uma mulher madura é uma mulher pouco sensual, séria, meio frustrada e já velha. Imaginem bem!

Jennifer Aniston sexy mesmo despenteada e sem sutiã…

Pois hoje, que já cheguei à maturidade etária estou a tornar-me uma mulher emocionalmente madura, porque uma coisa não tem necessariamente de coincidir com a outra, não me revejo em nada naquela visão que tinha e daí esta ideia do “jeans” emocional fazer-me tanto sentido.

Livro e sua autora Helena Sacadura Cabral.

Acabei de ler um livro de uma autora portuguesa (Helena Sacadura Cabral – Dez mulheres que amaram de mais) que fala da Jackie Onassis (ex-Jackie Kennedy). Refiro este livro, que recomendo, porque quando fala desta mulher que foi ícone para muitas de nós que hoje andamos na casa dos 50 anos de idade, ela conta mesmo que também Jackie vestiu na sua última fase da vida um “jeans” emocional. Foi mesmo muito interessante notar isso.

Jackie Onassis em sua fase “jeans” emocional.. e Caroline de Mônaco em foto meio politicamente incorreta, com maço de tabaco na mão. Mas que se F*da!!!

Fiquei a pensar no que poderia fazer se fosse uma mulher com o acesso que ela teve à cultura, à boa vida (jantares, fins de semana e passeios com amigas(os), etc.), mas também a profissionais que trabalham em áreas que nos ajudam a ser mais “jeans” e menos “vestido espartilhador”. Se já assim faço o que faço, imagina com maior facilidade de acesso (leia-se com maior disponibilidade financeira).

Nicole Murphy pelas ruas de Beverly Hills.

Isto quer dizer que o modo “jeans” de ser não é intrínseco ao ser humano, que pede um pouco da nossa ajuda consciente, o que está muito ligado ao tema da literacia para a longevidade.

Assim como é fundamental termos uma literacia para a longevidade, que serve para nos guiar nestes anos a mais de vida e mostra onde é preciso investir (disponibilidade financeira é uma delas), devemos ter uma literacia para o “jeans” emocional. Perceber o que é, como é o “jeans” emocional de cada uma de nós e onde queremos e precisamos investir.

Porque é muito mais uma questão de atitude. Emma Thompson na red carpet de sandalia!!! Que se F*dam os saltos altos…

Eu para já, e porque elegi 2022 como um ano de concretizações, vou investir no meu autoconhecimento (comecei a fazer Emtional Freedom Technique com uma terapeuta do Brasil) e na mudança na forma como me relaciono com o meu corpo. Ainda tenho uns pedaços do velho vestido espartilhado aqui sobre a minha pele.

Pergunta: vocês, qual é o vosso modelo de “jeans” e onde vão investir? É que vale mesmo a pena e isto não é uma coisa só de mulheres. Bem antes pelo contrário.

Bom 2022!!!

 

Ana João Sepulveda
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal e Embaixadora da rede Aging 2.0

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