Existem coisas na nossa vida que acontecem meio por acaso, que nós acolhemos e que, depois, ficam conosco muito mais tempo do que pensamos inicialmente. Isso aconteceu-me com este tema do “Jeans”. Este acaba por ser o meu terceiro artigo sobre o tema, pelo impacto que tem tido e pelas reflexões que tenho feito a esse respeito. Tal como escrevi no mês passado, o “Jeans” implica num processo de imersão dentro de nós mesmos. Implica estar bem conosco, com os outros e na forma como nos colocamos no Mundo. Assim, não há “Jeans” sem mudança.
Mesmo naquelas situações em que a mudança é mais um aprofundar e tomada de consciência e não tanto numa revolução e transformação.
Quero dizer que não há “Jeans” sem mudança e quero dar-vos, uma vez mais, o meu testemunho. No sábado passado tive a oportunidade de participar num seminário promovido por um dos meus instrutores de Systema (arte marcial russa) em conjunto com um casal português campeões de mergulho livre (mergulho em profundidade e em apneia).
Nesse seminário trabalhamos a respiração e a respiração em momentos de crise e de ansiedade. Foi aí que percebi o quanto tinha crescido. Percebi que aquela ansiedade que vinha à tona durante grande parte do treino e com a qual tinha aprendido a viver, pura e simplesmente não existia.
Ao longo destes 2 anos de pandemia trabalhei muito a ansiedade, seja com EFT com a minha terapeuta Márcia Takara, seja com a minha coach Maria José Pina. Duas mulheres a quem agradeço a dedicação e a partilha de amizade e conhecimento. Os caminhos de autoconhecimento, de transformação e de mudança não se fazem em solidão. É importante encontrar companheiros que nos ajudem.O ser-se “Jeans” implica em estar bem conosco e aqui quero partilhar convosco também outro aspecto importante: a forma como falamos, as palavras que usamos nas diferentes facetas das nossas vidas. Tanto a Márcia como a Maria José têm-me chamado atenção para isso. Tenho percebido que usamos, todos, palavras que nos agridem, que agridem os outros e/ou que condicionam a todos. Comunicação agressiva, tóxica e não positiva e promotora da felicidade.
Muitas vezes a mudança de linguagem pode ser extremamente desafiador, pode ser aquela área que exige maior humildade e capacidade de olhar para nós e para os outros e perceber onde há aspectos a mudar. Chego mesmo a pensar que o grande catalisador da mudança é a linguagem. Por isso, vale mesmo muito a pena parar e ouvir a forma como falamos e a linguagem que usamos. A comunicação consciente é sem dúvida um dos grandes caminhos para que seja possível vestir bem este nosso “Jeans”. Para quem quer aprofundar, sugiro que vejam este senhor – Marshall Rosenberg.
Por tudo isto, e para aquelas e aqueles que estão a trabalhar para vestirem cada vez melhor o seu “Jeans”, pensem nisso: não há “Jeans” sem mudança. A mudança faz-se melhor com os outros e uma das formas de se começar é estar atento à linguagem que usamos.
Colunista:
Ana João Sepulveda
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal e Embaixadora da rede Aging 2.0
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