O que é plant- based

São alimentos que usam alta tecnologia e processamento industrial para aproximar os vegetais do sabor e da textura do alimento à base animal. Algumas das nomenclaturas mais utilizadas para identificar estes alimentos são: o leite vegetal, produzido a partir da soja, castanha, amêndoa, coco, carne vegetal, carne feita de plantas, de soja, entre outros.

Mercado Global

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Segundo dados da agência Euromonitor “a venda de produtos substitutos de carne animal alcançou R$ 418,7 milhões em 2020, enquanto a receita de leites vegetais foi de R$ 636 milhões”. No mercado global, o setor de produtos à base de plantas tem previsão de movimentar entre US$ 100 bilhões e US$ 370 bilhões até 2035. Fonte: The Good Food Institute (GFI).

Mercado Americano

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Para dimensionar o mercado de varejo dos EUA para alimentos à base de plantas, o The Good Food Institute (GFI) e a Plant Based Foods Association (PBFA) encomendaram dados da empresa de pesquisa de mercado SPINS. Os resultados mais recentes apontam que as vendas no varejo destes alimentos nos EUA, continuam a aumentar, crescendo 6,2% em 2021 e em um ano recorde de crescimento em 2020, elevou o valor total deste setor para um recorde histórico de US$ 7,4 bilhões.

Os hambúrgueres à base de plantas, ainda estão entre os favoritos do consumidor, a categoria de carne à base de vegetais está crescendo. As almôndegas à base de plantas cresceram 12% em 2021, seguidas por variedades de frango à base de plantas, como nuggets, tenders e costeletas, que cresceram 9% – dobrando de tamanho nos últimos três anos –  e fatias de frios, que cresceram 8%. Com a expansão desta indústria de based-plants, estes produtos poderão em breve competir com os produtos de origem animal em preço, estimulando ainda mais a demanda do consumidor.

Mercado Brasileiro

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O alimento à base de plantas tem chamado a atenção do consumidor que busca um produto saudável, sustentável, que substitua a proteína animal, um produto inovador, saboroso e nutritivo.

Uma pesquisa realizada em maio de 2020, pelo IBOPE, coordenada pelo The Good Food Institute (GFI), sobre o consumidor brasileiro e o mercado plant-based, com objetivo de entender a evolução do mercado de proteínas alternativas no Brasil e as demandas de consumo, também revela as tendências para este mercado. Os resultados apontaram que 50% dos entrevistados já diminuíram o consumo de proteínas animais, 56% ainda consome frango pelo menos três vezes por semana e 43% carne bovina. Quase metade das substituições, 47% ainda é feita exclusivamente por legumes, verduras e grãos.

No tocante a alternativas vegetais, a maior prioridade do consumidor é a experiência de consumo ser semelhante à do produto tradicional. Possuir sabor, aroma e textura igual ou melhor foi apontado por 62% dos participantes como a característica mais importante. A vontade de consumir um produto, o mais natural possível ficou bastante próxima do primeiro lugar, com 60% das pessoas escolhendo essa característica, indicando que o consumidor valoriza a percepção de naturalidade nos produtos. Na sequência foi priorizado o valor nutricional igual ou melhor, com 59% dos entrevistados.

Apesar de os homens estarem reduzindo menos o consumo de carne, eles incorporam bem as alternativas vegetais. Quando escolhem migrar, 39% incorporam alguma forma de carne vegetal no dia a dia.

O Consumidor Flexitariano

Em pesquisa realizada pelo GFI e Snapcart em 2018, a porcentagem de pessoas reduzindo o consumo de produtos de origem animal era de 29%. O aumento mostrado entre as duas pesquisas deixa clara a evolução de um grupo conhecido como flexitariano: pessoas que reduzem o consumo de produtos de origem animal sem interrompê-lo completamente.

O flexitarianismo vem se consolidando nos últimos anos como um grupo de consumo relevante no mercado brasileiro. O perfil do flexitariano é composto majoritariamente por mulheres e jovens. Grande parte das substituições dos flexitarianos é feita apenas com vegetais, 47%, seguidos por carnes vegetais análogas, indicando que há bastante espaço para o mercado de análogos vegetais crescer.

Em relação à mudança de hábitos alimentares no último ano, apenas 1% dos entrevistados pararam de comer carne completamente. A primeira alternativa vegetal análoga foi lançada no Brasil em 2019 e já conta com 12% do consumo dos flexitarianos.

Fazenda Futuro: a startup que aposta no mercado de plant- based

Foto: Fazenda Futuro

A Fazenda Futuro foi fundada em abril de 2019 por Marcos Leta e o sócio Alfredo Strechinsky. “Começamos com um aprofundamento do mercado fora do Brasil, estudando como funcionavam as foodtechs (startup de comida) e o mercado plant-based”, declara Leta. A partir da experiência, iniciaram uma coleta de dados e diretrizes sobre como poderiam desenvolver esse tipo de tecnologia no Brasil.

A Fazenda Futuro é a primeira foodtech brasileira a desenvolver e produzir carnes à base de plantas.  Depois do seu primeiro lançamento, o Futuro Burger em 2019, um hambúrguer 100% plant-based que tem o mesmo gosto, textura e suculência de um hambúrguer de origem animal, a Startup não parou de crescer e já trilha um caminho de sucesso. “O público-alvo da marca são os flexitarianos, pessoas que buscam diminuir o consumo de carne na rotina alimentar, de uma maneira saborosa, divertida e mais consciente” afirma Leta.  

Com três anos de existência a marca já está presente em 30 países como Inglaterra, Holanda, Suécia, Emirados Árabes, Chile, México, Uruguai e Estados Unidos.

O Brasil é um mercado em crescimento. A demanda por produtos de origem vegetal tem aumentado consistentemente em paralelo à demanda por alimentos saudáveis. Há também mais pessoas interessadas em alternativas mais sustentáveis, mas, sem querer renunciar ao sabor. Consumir carne no Brasil é algo cultural. Já existe uma busca por alternativas que vem de empresas que realmente tem a sustentabilidade como premissa de negócio”- Marcos Leta.

Quem é Marcos Leta

Foto: Marcos Leta – Fazenda Futuro.

Marcos Leta, 39 anos, é CEO e Fundador da Fazenda Futuro. Nos últimos anos, o empreendedor tem surpreendido o mercado com suas empresas que impressionam pelos propósitos e posicionamentos, sempre atrelados a qualidade.

Formado em Administração de Empresas pela Ibmec Business School. Na sua carreira profissional, têm grandes reconhecimentos e recebeu vários prêmios, entre eles, destacam-se: em 2016 foi eleito Homem do Ano na categoria Empreendedorismo da revista GQ; três anos depois, voltou a figurar entre os eleitos da revista, desta vez na categoria Sustentabilidade; com a Fazenda Futuro já recebeu, em 2020, o prêmio World ChangingIdeas da revista norte-americana Fast Company, passando a figurar entre as empresas mais inovadoras do mundo.

Linha de Produtos & Pontos de Venda

Foto: Fazenda Futuro

Atualmente o portfólio da marca oferece Futuro Burger, Futuro Burger Defumado, Carne Moída do Futuro, Almôndega do Futuro, Futuro Frango, Linguiça do Futuro e Futuro Atum, cada um com sua própria fórmula, mas, todos sem glúten, sem transgênicos e, claro, sem boi, porco, galinha ou atum. Entre os ingredientes usados estão: proteína isolada de soja, de grão de bico, além de beterraba, óleo de coco e alga marinha.

A Fazenda Futuro trabalha integrando práticas sustentáveis em todas as etapas do processo e substituindo padrões obsoletos por outros mais apetitosos, que provam que você não precisa trocar o sabor pelo futuro.

Os produtos da Fazenda Futuro podem ser encontrados em grandes redes de supermercados por todo o país como: Pão de Açúcar, St. Marche e Zaffari, além das mercearias dentro do Ifood, disponíveis para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

A Sócia Anitta

Anitta. Foto: Eduardo Bravin.

A Anitta chega para expandir a percepção da marca no mercado, dar voz aos futuristas e ajudar a compartilhar a missão da empresa para todo o Brasil, mostrar as diferentes possibilidades de comer o que se gosta de forma saborosa e divertida. A ideia de firmar esse acordo foi conjunta, afinal a Fazenda Futuro é uma empresa que tem o que ela mais procura: propósito.

“Acreditamos muito no potencial dela como uma grande executiva, visto toda a gestão com a sua própria carreira, além da experiência como empresária e com marketing. É mais do que perceptível o sucesso dos projetos da cantora e seriedade com que ela conduz todas as suas produções, e é exatamente essa visão de futuro que tem muito a agregar com o que a empresa já se posiciona” completa Marcos Leta.

Colunista Beatriz Negrão

Carreira desenvolvida na área de Comunicação, atuando em empresas no Brasil e no exterior. Publicitária, Jornalista, Pós-Graduada em Marketing pela ESPM com experiência em gestão de clientes e projetos. Como jornalista, escreveu matérias em diversas revistas do setor e proferiu palestras viajando pelo País, abordando o tema Agribussiness.

Certificados: certificado Ministério Del Lavoro Italiano e internacional de Siena/ Itália.

E – Mail: contato2@nomoremag.com