A História

A história da Fazenda conta com cinco gerações que carregaram em seu DNA, a paixão por café. A competência aliada a inovação, trouxeram para os dias de hoje, o cultivo de cafés especiais premiados, envolvendo muita dedicação, qualidade e sustentabilidade.

 

Tudo começou em 1872, quando Henrique Dumont adquiriu a Fazenda Arindeuva, onde atualmente é o município de Dumont, nos arredores de Ribeirão Preto. Hoje a Morada da Prata está sob o comando de Arnaldo Adams Ribeiro Pinto, quinta geração, de produtores de café da família. Ele sucede à mãe, Maria Helena Dumont Adams, que é sobrinha-neta de Santos Dumont, o pai da aviação.

 

A Fazenda Morada da Prata

Crédito: Fazenda Morada da Prata
Crédito: Fazenda Morada da Prata

Está localizada na Rodovia Altino Arantes, Km 47,Batatais, na região da Alta Mogiana, norte do Estado de São Paulo, Brasil.  A Fazenda está a 850 metros de altitude, com um microclima bem específico que cria condições excelentes para o cultivo de café. Dos 456 hectares de área da Fazenda, 160 hectares são dedicados ao cultivo do café, com cerca de 680 mil pés de café. Mais de 30% da área total da fazenda – 141 hectares, são de mata nativa.Tem como missão produzir cafés especiais, únicos e exclusivos, cultivados com paixão, tecnologia e sustentabilidade; e vem sendo reconhecida nacionalmente em premiações por qualidade.

 

A Produção de Café Especial

Crédito: Fazenda Morada da Prata
Crédito: Fazenda Morada da Prata

O cafezal da Fazenda da Morada da Prata é formado com variedades catuaí, mundo novo, arara, bourbon, catuaí 99, catuaí 62, acauã, IPR 100, IPR 103, IPR 107, paraíso 2 e IAC 125.“Nos últimos anos, estamos diversificando e procurando cultivares mais modernos, produtivos, resistentes a pragas, doenças, e que produzam bebidas excepcionais”, declara Arnaldo A. Ribeiro Pinto e acrescenta que“a produção de café especial para a safra deste ano, está por volta de 3 mil sacas aproximadamente”.

Mais de 70% dos cafés produzidos na fazenda são especiais, com classificação acima de 80 pontos. Entre abril e maio inicia-se a colheita do café e Arnaldo A. Ribeiro Pinto explica que “definimos o ponto de colheita, quando obtemos o máximo de cafés cerejas e os verdes fiquem na faixa de 3 a 5%”. São colhidos de forma seletiva manual, semi mecanizada e mecanizada. A tecnologia é aliada na busca por qualidade em todo o processo, do campo, ao processamento e até à xícara.

Após a colheita de frutos maduros na lavoura, o café passa pela lavagem, pode ser processado de maneira natural ou são produzidos micro lotes fermentados, ressaltando a qualidade própria dos frutos.

Crédito: Fazenda Morada da Prata
Crédito: Fazenda Morada da Prata

A secagem é realizada em terreiros suspensos ou no terreirão de concreto. São utilizados também secadores estáticos, para que o café obtenha a umidade ideal, preservando ao máximo as notas sensoriais do café.“O processo de via seca é muito utilizado na Alta Mogiana, devido a nossas condições climáticas muito favoráveis com o tempo mais seco e secagem eficiente no terreirão, assim conseguimos cafés excepcionais e de alta qualidade”, esclarece Arnaldo A. Ribeiro Pinto.

A Morada da Prata possui estrutura de beneficiamento e rebeneficiamento de seus cafés. A armazenagem é realizada em tulhas de madeira naval. Todos os lotes de cafés da Fazenda são rastreados, com informações que vão desde o campo até a armazenagem, oferecendo aos compradores e consumidores a rastreabilidade do café que estão adquirindo.

Arnaldo A. Ribeiro Pinto conta-nos que: “A Fazenda produz cafés verdes, naturais e naturais fermentado e atua no mercado junto a exportadores especializados em cafés especiais, torrefações e as cafeterias no mercado interno”.

 

Sustentabilidade presente no dia a dia da Fazenda

Crédito: Fazenda Morada da Prata
Crédito: Fazenda Morada da Prata

Manejo da lavoura: A produção de cafés em harmonia com a natureza é uma premissa na Fazenda, que tem mais de 30% de sua área total como reserva legal. São adotadas práticas de cafeicultura regenerativa e conservativa, com o manejo biológico das lavouras, reduzindo cada vez mais o uso de agroquímicos e caminhando para uma produção orgânica. Utiliza-se massivamente a compostagem orgânica, o plantio de mix de sementes nas entrelinhas do cafezal, os macro organismos como predadores naturais de pragas indesejadas entre outros recursos que proporcionem o máximo de vida para o solo. A adoção destas práticas é realizada com acompanhamento técnico e especializado.

Priorizar o processamento Natural: O processamento de secagem natural reduz o consumo de água na produção do café e evita a geração de águas contaminadas, minimizando o impacto ambiental do pós-colheita.

Abelhas Nativas: As abelhas são essenciais para a preservação do meio ambiente. A Morada da Prata mantém colmeias de abelhas sem ferrão espalhadas pela propriedade. Elas são polinizadoras e grandes aliadas da natureza.

Preservação da Fauna: Foi realizado um inventário da fauna presente na Fazenda. Muitas espécies de pássaros e outros animais, inclusive os que estão na lista de extinção, já foram catalogados e estão sendo preservados.

Energia Fotovoltaica: Toda energia utilizada na Fazenda é solar.

As responsabilidades Socioeconômicas e ambientais são práticas na Morada da Prata. Elas vêm sendo reconhecidas por meio de certificações como RainForest, 4C e Café Practices. Assim como em premiações em concursos regionais, nacionais e internacionais pela excelente qualidade dos cafés produzidos, com sabores exclusivos.

Reconhecimento por qualidade:

2017 – AMSC 3º lugar, café com 90,96 pontos;

2017-2018-2019 – Cup of Excellence, entre os 150 melhores do Brasil;

2018 – Coffee of the Year – entre os 40 melhores na categoria arábica;

2019 – Florada Premiada (Grupo 3 Corações) – entre os 100 melhores.

 

Preservação da história do café

Crédito: Fazenda Morada da Prata
Crédito: Fazenda Morada da Prata

A Fazenda Morada da Prata preserva a história em suas construções originais como o lavador, o terreiro e a tulha que é de 1926, com quase 100 anos, e que foi totalmente restaurada. Arnaldo A. Ribeiro Pinto, refere que “demos nova vida ao prédio, com uma Cafeteria interna, escritório, sala de treinamento, laboratório e em breve será aberto um Museu, com diversos documentos, fotos e objetos que contam a história do café no Brasil, juntamente com a nossa família, que cultiva o fruto há 5 gerações”.

Neste local, é possível fazer um mergulho na história do café da região e do Brasil, com muita alma e afeto.

Crédito: Fazenda Morada da Prata
Crédito: Fazenda Morada da Prata

Para Arnaldo A. Ribeiro Pinto, o mercado de cafés especiais no Brasil é “um mercado em franco crescimento, que tende a ganhar cada vez mais espaço em diversos públicos, principalmente os mais jovens. O Brasil, maior produtor de café no mundo, ainda não é visto no mercado internacional como um player de qualidade, mas esta realidade está prestes a mudar. Temos diversidades de perfis incomparáveis com outros países produtores, volumes consideráveis e uma enorme capacidade de inovar, transformar rapidamente. O Brasil deve “tomar conta” do mercado de qualidade em pouco tempo”.

São nestas regiões brasileiras, produtoras de café especial, que encontramos gente que não foge a lida, produtores que vão buscar o melhor conhecimento, para logo colocarem em prática, driblam com o tempo, com o cansaço, vibram com o acerto, com sonhos realizados,pessoas que respeitam a terra e, é andando por aí mesmo, que encontramos o melhor café e o melhor da nossa alma e história. Não deixem este momento escapar, em um dia qualquer, vão conhecer o pequeno grão que encantou cinco gerações.

 

Colunista Beatriz Negrão

Carreira desenvolvida na área de Comunicação, atuando em empresas no Brasil e no exterior. Publicitária, Jornalista, Pós-Graduada em Marketing pela ESPM com experiência em gestão de clientes e projetos. Como jornalista, escreveu matérias em diversas revistas do setor e proferiu palestras viajando pelo País, abordando o tema Agribussiness.

Certificados: Certificado Ministério Del Lavoro Italiano e internacional de Siena/ Itália.E – Mail: contato2@nomoremag.com