Modelo: Carlos Cruz @carloscruzmodel

Fotografia: Glauber Bassi – Milão @glauberbassi

Style & Makeup: Naty Kuprian @natykuprian

Assistant: Milena Vitória @milenavitoriaaff

 

Carlos Cruz nasceu em Salvador- Bahia em 16 de outubro de 1994. Depois das passagens pelos mercados de Londres e Índia chega a Milão- Itália. Traz consigo a representatividade de muitos, milhares, e chega ao lugar de jovens que ousam sonhar, acreditar e concretizar.

 

O fotógrafo internacional Glauber Bassi, um craque em capturar a essência de cada momento, assina esse shooting de Carlos Cruz.

Articulado, Carlos tem uma facilidade natural de se expressar. A herança cultural está arraigada na pele desse soteropolitano de corpo e alma.

Com DNA de quem é do mundo e busca autoconhecimento, ele fala um pouco de como começou a carreira de modelo:

“Eu fui descoberto por Sivaldo Tavares, dono de um projeto que se chama Top Model Fama. Ele me descobriu dentro de um ônibus colocando em meu coração a esperança que poderia vencer na vida através da moda.”

Assim, Carlos encontrou um caminho a trilhar e podemos sentir que ser modelo ocupando espaço no glamoroso mercado de moda é muito importante para ele não apenas como profissão, mas, como um meio que lhe surgiu para inspirar, essa é sua causa maior…

“Meu propósito de vida é uma moda inclusiva, eu venho de uma periferia de Salvador onde perdi a maioria dos meus amigos para o tráfico e o crime. Então, uso a moda como artifício para trazer esperança para os meus, e mostrar que podemos ter um futuro novo e melhor. Hoje sou uma representação para eles e sinto- me honrado em saber que consegui alcançar meus objetivos.”

Novembro, Mês da Consciência Negra já seria o mote perfeito para ter Carlos Cruz em nossa capa: belíssimo, forte e cheio de atitude. O engajamento veio como um bônus e valida ainda mais a sua presença que verdadeiramente enriquece essa edição.

“Meu sonho de vida é acordar e saber que a periferia terá sonhos vividos novamente, nós somos acostumados a ter os sonhos mortos na metade do caminho, pela falta de oportunidade. O mesmo sistema que tira nossas oportunidades é o que nos mata, e é necessário que os serviços de informação e estrutura cheguem até nós. Na periferia existe gente de bem, que merece serviços além do carro da polícia e da coleta de lixo, precisamos de situações melhores para que tenhamos oportunidades e condições dignas de viver!” Diz Carlos.

Nós da No More também sonhamos junto com ele…