Olá leitores, nessa edição trago um conteúdo importante no que diz respeito a destinação do lixo e como Singapura busca constantemente soluções de reuso e preservação do meio ambiente.

Tecnologia, necessidade, investimento e sustentabilidade. Um quarteto que vai dar o que falar e que serve de exemplo para o mundo.

Uma solução inovadora, Semakau Landfill , Singapore, um projeto que nasceu em 1999, localizado na ilha de Semakau  com 3,5 quilômetros quadrados e que irá guardar o lixo dos 5,6 milhões de habitantes de Singapura.

Estou  falando de um aterro, no oceano,  que foi construído com tecnologia avançada com a combinação de disposição segura de resíduos e esforço de conservação ambiental.

NEA: National Environmental Agency

Longe  da costa, criado em área marítima, sim, no meio do oceano, com uma biodiversidade vibrante e com parte da área ao redor do aterro transformada em um parque natural oferecendo oportunidades para a pesquisa científica.

Projeto com práticas avançadas de gestão de resíduos e engenharia ambiental para garantir a sustentabilidade a longo prazo,  e que começou  devido  à necessidade do gerenciamento de resíduos em uma cidade densamente povoada e com espaço limitado.

O aterro Semakau Landfill  abriga os resíduos sólidos urbanos gerados na cidade.

Estes resíduos que vão para o aterro provêm principalmente das atividades cotidianas dos habitantes de Singapura, incluindo resíduos domésticos, comerciais e industriais.

NEA: National Environmental Agency
NEA: National Environmental Agency

The Straits Times

Isso tudo passa por um  gerenciamento de resíduos que segue os seguintes passos:

– Coleta de resíduos, triagem de classificação, incineração , tratamento das cinzas, transporte  para Semakau Landfill e engenharia ambiental e isolamento.

A parte central do projeto envolve a criação de células de aterramento onde os resíduos são compactados e cobertos com camadas de material inerte para reduzir odores e prevenir a infiltração de água da chuva.

O projeto também incorporou técnicas de engenharia para revestir e isolar o aterro para evitar a contaminação do solo e da água subterrânea e foram implementadas medidas de controle rigorosas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

As cinzas resultantes do incinerador de resíduos  são tratadas e utilizadas de forma eficiente e após  a incineração as cinzas são processadas e classificadas em duas categorias principais: cinzas de fundo e cinzas de fly.

  1. Cinzas de Fundo (Bottom Ash): São as cinzas que caem e se acumulam na parte inferior do forno durante a incineração e contem metais pesados. Elas são retiradas, resfriadas e processadas. Normalmente utilizadas na construção de estradas e aterros.
  2. Cinzas de Fly (Fly Ash): São as cinzas finas e leves que são carregadas pelos gases durante a incineração. São frequentemente usadas na produção de cimento e em outros materiais de construção.

Vale a pena ressaltar que em Singapura, o uso de cinzas resultantes de resíduos de lixo na construção civil é uma prática comum e eficaz.

NEA: National Environmental Agency

A previsão é de que o aterro de Semakau atinja a capacidade total até 2035 e quem tiver curiosidade pode agendar um passeio por lá para conhecer esse projeto.

NEA: National Environmental Agency
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Espero que esse artigo tenha sido inspirador e que venhamos a refletir sobre novas possibilidades e soluções para a preservação do planeta.

Até breve aqui da Sucursal de Singapura com mais curiosidades, informações e lifestyle!

Colunista Daniela Motti

Adora conhecer novos lugares e novas histórias. Uma mulher cosmopolita que leva na bagagem vivências enriquecedoras por ter percorrido diversos países, mergulhando de cabeça em diferentes culturas e idiomas.

 “Meu coração pertence a muitos lugares, Além de minha jornada carrego também o título mais precioso: o de Mae”.

@tokyandodani